Fonte: O Tempo

Brasília. As bancadas do PSDB, do PSB e do PSOL oficializaram ontem apoio à candidatura de Pedro Taques (PDT-MT) à presidência do Senado. O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), também anunciou apoio a Taques, mas não se sabe ainda se os outros três parlamentares da sigla vão votar unidos.
Pedro Taques será o adversário do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi oficializado ontem pela bancada de seu partido e é o favorito. A eleição será realizada hoje.
Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a opção por Taques foi "clara e consensual" e será seguida por toda a bancada. O líder tucano ainda admitiu que o partido poderia acompanhar o PMDB caso Calheiros não fosse o candidato. "Facilitaria se o PMDB colocasse um candidato que tivesse o apoio de todo mundo. O Senado precisa respirar e o senador Renan não é nome que representa esse sentimento de independência e renovação", disse.
Com a decisão dos partidos, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) se retirou da disputa em favor do pedetista.
O apoio do PSB foi definido já no fim da noite de ontem. Primeiramente, o partido havia demonstrado interesse em lançar um candidato no plenário.
Na quarta-feira, a sigla já tinha emitido nota em que declarou não apoiar a candidatura de Renan Calheiros. Ontem, no entanto, após reunião, a bancada socialista decidiu acompanhar a oposição e declarar apoio a Pedro Taques.
Questionado se teria chances de vencer uma disputa após o anúncio de uma série de apoio, Taques
disse que o número de votos "é o menos importante". "O que precisamos mostrar é que no Senado existe vida e que não está atrelada ao passado", disse o candidato.
Oficialização. Os 19 senadores do PMDB também oficializaram ontem a candidatura de Renan Calheiros. Logo após a reunião, o candidato peemedebista, que tenta retornar ao comando do Senado após seis anos, não quis falar com a imprensa.
O senador e presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), foi quem fez o anúncio. "A candidatura não pertence, até este presente momento, ao senador Renan e, sim, ao partido", justificou.
Raupp negou que a indicação de Calheiros cause constrangimento para o partido. Na semana passada, o procurador geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Calheiros pelos crimes que o levaram a deixar o comando da Casa, o que aumentou a pressão contra seu nome.
"O senador Renan não tem julgamento, nenhuma condenação. É um líder nato, construiu dentro da bancada e fora dela (o apoio), portanto, deve ser eleito para a presidência do Senado Federal", afirmou.
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